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NOTA CRESS/DF

 

 

BASTA DE VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA PARLAMENTARES LGBTI+ E DE AUTORITARISMO NEGOCIONISTA CONTRA OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

 

 

14 de fevereiro de 2022

 

 

O CRESS-DF se solidariza com o deputado distrital e assistente social Fábio Felix (PSOL), vítima frequente de homofobia por parte de adversários políticos, em especial aqueles que se encorajam pelo anonimato virtual. É execrável o uso de LGBTIfobia, machismo, racismo ou qualquer outra forma de opressão como ataque a um adversário político. Não à toa, trata-se ainda de um método nazifascista que vem se tornando cada vez mais frequente, concomitante ao projeto político eleito para o Governo Federal em 2018.

 

Na última situação, durante transmissão de Audiência Pública defendendo o passaporte vacinal nas escolas, negacionistas de extrema-direita atacaram não só o deputado por sua orientação sexual, mas também adolescentes negros e gays que compunham a mesa de debate, representando os grêmios estudantis de suas respectivas escolas. O setor negacionista, o mesmo que se diz defensor de crianças e adolescentes ao espalhar fake news sobre as vacinas contra a covid-19, não viu problemas em tratar de forma desrespeitosa e criminosa os adolescentes eleitos por suas bases que usaram seu direito de manifestação.

 

Na defesa das crianças e dos adolescentes, afirmamos que o direito à vacinação deve ser garantido a todas as faixas etárias às quais a ANVISA autorizou a aplicação. As crianças e os adolescentes, responsabilidade não só de suas famílias, mas ainda da sociedade e do Estado, não podem ser submetidas/os à irresponsabilidade de seus responsáveis diretos, ainda que motivada pelo terrorismo de mentiras propagado pela extrema-direita bolsonarista. O passaporte vacinal nas escolas é uma necessidade sanitária de toda a comunidade escolar e da sociedade, a fim de que, o quanto antes, possamos bloquear a transmissão massiva do vírus da covid-19 e superar a situação pandêmica.

 

Por fim, reconhecemos que o aumento da representatividade LGBTI+ no espaço parlamentar e nos movimentos sociais é expressão da oposição às ideias e ações odiosas do bolsonarismo. A classe trabalhadora vem compreendendo, cada vez mais, que seus setores mais oprimidos pelo patriarcado e pelo racismo podem e devem representar o conjunto da classe na luta contra a exploração e a opressão. O avanço de trabalhadoras/es negras/os, mulheres e LGBTI+ representa o avanço de consciência de toda a nossa classe. É dever de todas nós, portanto, defendermos os cargos aos quais as/os trabalhadoras/es LGBTI+, negras/os e mulheres foram democraticamente eleitas/os, assim como as lideranças LGBTI+ que representam não só o movimento social que luta por liberdade de gênero e sexualidade, mas também os demais movimentos sociais da luta democrática.

 

 

Texto: Lucci Laporta – Coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CRESS/DF

 

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