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Nota do CRESS/ DF – Em defesa das Ações de Enfrentamento à COVID-19
O Conselho Regional de Serviço Social do Distrito Federal (CRESS-DF) vem a público defender a medida de restrição máxima, conhecida como “lockdown”, para achatar a curva de infecções e de mortes causadas pelo novo coronavírus.
O Serviço Social é uma profissão inserida em todas as políticas sociais, como a Saúde, a Previdência Social, a Educação, a Assistência Social, dentre outras. Portanto, grande parte de nossa categoria, em especial as/os assistentes sociais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), está convivendo cotidianamente com os males causados pela pandemia, tais como o aprofundamento dos problemas vinculados à saúde mental; o colapso dos sistemas público e privado de saúde; o aumento da violência doméstica contra mulheres, crianças, idosos e pessoas LGBTQI+; o desemprego; a fome; o endividamento.
O lockdown, no entanto, não pode ser considerado como a causa desses problemas, até porque o DF ainda não o implementou de forma correta, nem em 2020, nem em 2021. É uma medida drástica para evitar a circulação do vírus, que deu certo em países como o Reino Unido, a Nova Zelândia e até mesmo entre nossos vizinhos, como Chile e Argentina, que já vivem situações melhores. A causa do agravamento de tantos problemas é o descaso dos governos distrital e federal, que após um ano não se prepararam para esse momento e que surfaram em discursos negacionistas. Se não se importaram com a impossibilidade de recuperarmos vidas, o resultado é que nem mesmo a Economia se recuperou.
O povo não pode mais ser deixado à própria sorte. É fundamental o retorno do auxílio emergencial de 600 reais por parte do Governo Federal e a implementação do auxílio de 408 reais por parte do GDF. O nosso banco público, o BRB, precisa também servir às necessidades do povo, abrindo crédito a juro zero para micro e pequenos empresários, tendo em vista que o comércio é fundamental para geração de emprego.
A vacinação precisa ser prioridade e é dever do GDF garantir a compra de vacinas diretamente das produtoras, sem depender de um Ministério da Saúde incompetente.Várias medidas podem e devem ser tomadas para que o lockdown seja implementado sem gerar ainda mais danos sociais e sanitários. Mas por mais difícil que seja, se os governos persistirem desvalorizando nossas vidas e necessidades, nem a Economia e nem as pessoas terão expectativa de voltar à normalidade.
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