14/04/2024
No dia 11 de abril, aconteceu a roda de conversa “A atuação profissional das e dos assistentes sociais frente à luta anticapacitista”, promovida pelo Conselho Regional de Serviço Social da 8ª Região (CRESS/DF). O encontro, realizado no auditório da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), reuniu assistentes sociais de diferentes frentes de atuação e de diversas regiões do DF, proporcionando um espaço de escuta, troca e aprofundamento sobre os desafios e compromissos da categoria frente à pauta anticapacitista.
A mediação foi realizada por Neidiana Adriana, assistente social da APAE, que conduziu a discussão a partir de uma reflexão histórica e ética. Segundo ela, “Trabalhar com pessoas com deficiência, sobretudo, é você olhar o ser humano na sua integralidade, perceber que ele tem uma história, e trabalhar com o que ele pensa, coisas que nem ele imaginava que pudesse alcançar. Acho que isso faz toda a diferença”.
Alexandre Pereira, assistente social e pessoa com deficiência que atua no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), destacou a importância da iniciativa: “A gente precisa sempre discutir e colocar as coisas, mas percebo que estamos caminhando. Trazer as pessoas com deficiência para o cenário social é importantíssimo, e um evento como esse é uma resposta a isso”, afirmou.
Lorena Ramos, conselheira e coordenadora da Comissão de Comunicação do CRESS/DF, também ressaltou a relevância do debate: “Falar de direitos humanos é falar sobre deficiência. E ter espaços como esses para debater sobre nossa atuação, sobretudo numa reflexão de como e por onde podemos avançar na luta anticapacitista, é fundamental!”
A ação integra um conjunto de mobilizações promovidas pelo Conjunto CFESS-CRESS, como o Seminário Nacional Serviço Social e a Luta Anticapacitista, realizado no início de abril. A defesa da luta anticapacitista é um compromisso ético-político do Serviço Social brasileiro. Ela representa uma construção histórica da categoria e deve estar presente nos espaços sócio-ocupacionais, de participação e de controle social. Engajar-se nessa pauta é essencial para assistentes sociais com e sem deficiência, reafirmando o compromisso da profissão com os direitos humanos e com a superação das múltiplas formas de opressão.
Roda de Conversa “A luta anticapacitista e a atuação de profissionais do Serviço Social”