O Dia Mundial da Saúde Mental é representativo pela sua legitimidade histórica, pois, reconhece o sofrimento em suas dimensões bio-psico-social. Além disso, contribui para a conscientização, educação e defesa da temática. Nesse sentido, o direito à saúde mental deve alcançar, como dever do Estado, o ser-humano em sua ampla diversidade: criança, adulto, homem, negro, negra, mulher, o louco, o pobre, o umbandista, o índio, o latino-americano.
Para além de uma escolha individual, deve-se reivindicar saúde mental como uma política de cuidado que reconhece as expressões, as condições e os contextos e que não se restringe apenas à psicopatologia, ou ao estudo e tratamento das doenças mentais. Não apenas como uma data emblemática ou simbólica, constatamos neste dia, o quão problemático são as relações nesse modo de viver, onde a vida humana estão abaixo do lucro e refletem o contexto político de ameaças constantes aos serviços de saúde mental.
Logo, é tempo de reafirmar que não voltaremos para o “ontem” – a institucionalização da loucura, a desrazão, a prisão, o manicômio, a exclusão, o indigno, o medo, a culpa, a remissão, a tristeza, um estigma, um silêncio, uma desresponsalização. Mas, reafirmaremos o “hoje” que deve reconhecer a dignidade, a cidadania, protagonismo, diferença na forma de ser, vivências; Assim, o exercício profissional das/dos assistentes sociais deve pautar-se por um compromisso ético- político com um projeto tem como direção a preservação de vidas e ampliação do direito à saúde mental.
#ParaCegoVer: Arte com fundo cor laranja. No centro há uma ilustração de uma pessoa, cor de rosa, com as mãos levantadas em direção a cabeça. Ela está sorrindo. Em volta da cabeça há pequenos corações e os cabelos são verdes. No meio do cabelo está escrito: 10 de outubro. Dia Internacional da Saúde Mental.
Texto: Renata Oliveira
Arte: Matheus Ponte