10 de outubro de 2022
Por Karina Figueiredo – Presidenta do CRESS/DF
Hoje, Dia Mundial da Saúde Mental, apesar das conquistas alcançadas com a implementação do Sistema Único de Saúde, SUS e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) desde 2001, vivemos um desafio que é o desmonte do processo, ainda incipiente, mais extremamente potente da Reforma Psiquiátrica no Brasil, instituída com a Lei 10.216/01.
Desde 2017 políticas e serviços públicos de saúde mental no SUS vêm sendo desmontados e aparelhados por grupos que defendem uma lógica de privatização, de internação, na contramão do cuidado em liberdade, de base territorial na comunidade.
No DF a saúde mental enfrenta um enorme de desafio, de um lado o aumento da demanda de atendimentos, frutos da pandemia, do aumento da pobreza, do endividamento das pessoas, de outro o sucateamento dos serviços, o que tem gerado um nível de adoecimento também das/os trabalhadoras/es.
A atual conjuntura, extremamente desafiadora para a garantia da política de saúde mental no SUS, exige de nós, assistentes sociais, reafirmamos os compromissos estabelecidos em nosso Código de Ética, sobretudo o reconhecimento da liberdade, da autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais além da defesa da universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais.
Saúde mental é direito e precisa estar garantida como política pública universal, e nós assistentes sociais temos o compromisso ético de lutar por isso!!!